Ingrid de Andrade e Natália Silva
Arnaldo Jaques, diretor da E.E. Dr. Garcia de Lima |
Segundo o diretor da Escola Estadual Doutor Garcia de Lima, Arnaldo Jaques, os pais, amigos e professores podem assumir um papel decisivo na escolha profissional dos alunos. “Se um aluno gosta do professor de Química e resolve fazer o curso pela afinidade com ele e não por se identificar com a matéria, a escolha pode fazer com que o estudante se desiluda com a profissão no futuro. A escolha não deve ser feita pelo grau de afinidade com pessoas”, afirma o diretor.
Para um dos proprietários do Colégio e Cursinho preparatório Revisão, o professor de Química Raul Ribeiro de Resende, infelizmente os adolescentes na hora de escolher uma profissão optam primeiro por um retorno financeiro maior. “Dinheiro não é tudo na vida, o jovem tem que saber conciliar a vocação com a remuneração, pois não adianta ter um salário alto e ser infeliz na carreira”, afirma o professor.
A psicóloga Aparecida Mercês Silva, especialista em psicologia clínica, descreve que a maioria dos jovens chega ao consultório com uma opção pré-estabelecida. Isso ocorre devido ao contato com pessoas que já exercem uma profissão bem remunerada e de status. O jovem acredita que conseguirá os mesmos resultados, mas na verdade, a decisão não pode se reduzir a isso, “o que gera profissionais frustrados”, alerta a psicóloga. Ouça a definição de Orientação Vocacional feita pela psicóloga.
As instituições garantem que orientam os jovens com palestras, visitas a feiras de profissões, simulados, cursinhos preparatórios e ajuda psicológica para uma orientação vocacional. Mas essa escolha perturba o sono de muita gente.
Aparecida Silva afirma que, atualmente há uma grande procura pela orientação vocacional devido ao alto índice de informação que as escolas, os pais e a mídia oferecem. De acordo com a psicóloga, apesar disso muitos pais e alunos não valorizam o trabalho, pois existe a ideia de que a orientação vocacional é cara e não ajudará na escolha, o que não é verdade.