Aos 78 anos, o aposentado Jair Delasávia transformou a paixão de toda sua vida em coleção, os discos de vinil. São 600, só de seresta, como Pixinguinha, Vicente Celestino, Sílvio Cláudio, Orlando Silva e Gilberto Alves. O primeiro, conseguiu aos seis anos. Foi quando passou a se interessar por música, a compor e a cantar. Para ele, não há dúvida quanto à qualidade sonora do vinil superior ao CD, e afirma que, a durabilidade maior é indiscutível, “o vinil é feito parar durar 100 anos, e o CD, dez”, explica.
Já a colecionadora Virginia Mello Terra Passos de Souza, aposentada, coloca a importância do disco em sua história, como a primeira forma de escolha de repertório e artista favorito para se ouvir em casa a qualquer momento, pois até então, as rádios eram a única opção e o ouvinte ficava preso à programação. Seu acervo teve início no ano de 1975, e conta com vinis de rock, principalmente Elvis Presley e Roberto Carlos, música popular, samba e discos infantis.
Mídia desenvolvida na década de 50 para reprodução musical, os discos de vinil, atualmente, são objetos de procura e estima para colecionadores com perfil próprio. Geralmente são pessoas com um nível cultural mais elevado, é o que afirma Helissom Elias Roque, proprietário da loja Pop Discos, na cidade de São João Del-rei. Helissom comercializa Lp’s desde o ano de 1984, e já contou com um acervo de cerca de 40 mil discos dos mais diversos estilos musicais como Pop, Rock, Mpb e Sertanejo.
De tão especial, no dia 20 de abril é comemorado o dia Nacional do Disco de Vinil. Recebe este nome devido ao material plástico usado em sua produção, marcou toda uma época de mudança no posicionamento em relação à produção musical. Mesmo com a perda de espaço no mercado para o CD, o Vinil está sendo usado como um diferencial na divulgação do trabalho de diversas bandas. Segundo o blog Consultoria do rock, a banda de Rock Iron Maiden lança sempre edições especiais em Vinil, tanto dos álbuns de estúdio quanto os ao vivo e coletâneas.