segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sexo seguro com distribuição de preservativos por motéis

Ayalla Nicolau e Rafaela de Aguiar


Nos quartos, os preservativos ficam disponiveis para a compra

Aprovado pelo Senado, o projeto de lei que obriga motéis, hotéis e similares a distribuir preservativos de graça para os hóspedes já está gerando  polêmica entre os empresários do ramo. A medida de autoria da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) ainda vai ser votada pela Câmara  e depende de sanção da presidente Dilma Rousseff. Se aprovada, os estabelecimentos terão seis meses para se adaptar às novas regras.

“É interessante oferecer camisinhas. Acho que vai ajudar na prevenção das DSTs, já que o casal vai tê-las em mãos no momento certo”, opina a enfermeira Joana D’arc Oliveira. Mas, para o gerente de hotel Sérgio Teixeira, a atitude taxará os estabelecimentos de motéis. “Obrigar um hotel a deixar preservativos nos quartos é um absurdo, muitos têm cunho executivo e recebem famílias. Será constrangedor”, afirma.



Com a aprovação da lei, cada casal terá direito a um preservativo masculino ou feminino. O projeto de lei não especifica como será feita a retirada das camisinhas, se elas deverão ser solicitadas ou disponibilizadas nos quartos. O descumprimento da lei será considerado infração à legislação sanitária e acarretará em advertências, multas e cancelamento de alvará.

Nos motéis, raramente são vendidos preservativos femininos. Em um local do tipo em São João del Rei, a unidade de preservativos masculinos são vendidos por R$2, o que gera um lucro de mais de 400% para o motel. “Só trabalhamos com o modelo masculino, compramos por atacado e revendemos para os clientes. Diariamente são vendidos em média 40 preservativos”, explica o supervisor administrativo Ian de Andrade Mackenzie. “Acho que no final do mês, é um valor razoável que deixaremos de ganhar”, completa.


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